segunda-feira, 16 de abril de 2012

As Flores que não Plantei



















Venho senhor ao teu jardim, para reaprender a plantar. Um dia me ensinaste que todas as boas sementes germinam e me deste a terra do meu coração para um bom plantio, recomendando-me atenção para o livre arbítrio, e principalmente me adaptar com aqueles em que ainda tenho diferenças. Mas… não tive generosidade suficiente para com meu semelhante e hoje, quando necessito da generosidade de outrem, dificilmente eu a encontro. Não tenho colhido a flor da generosidade porque não a plantei. Não dei à natureza todo o respeito que ela como obra sua, merecia ter recebido de mim. Fui negligente, senhor. Senhor disse-me, que a felicidade sempre estaria em minha vida se eu me lembrasse de levar felicidade àqueles que choravam, e que não tinham um ombro onde se debruçar. Só o que fiz foi criticas. Não tenho colhido a flor da Felicidade Plena, porque não a plantei. Não levei a sério, quando me revelaste que o preconceito era uma erva daninha que, pouco a pouco, mataria o meu jardim. Não olhei sem julgamento para os diferentes de mim, não observei todos os seres e tudo o mais que crias- te sem sentir-me maior e melhor do que eles. Não tenho colhido a flor do Amor Incondicional, porque não a plantei. Agora, venho ao teu jardim, buscando ter uma e, talvez, a última chance de reencontrar as sementes que desejaste ver germinadas em meu coração. Vou orar por todos que ainda não me afinei e que sempre negligenciei. Não sei se vês em minha visita algum sinal de humildade. Já muito agi com orgulho e não tenho colhido a flor da humildade porque não a plantei. Mas agora a dor está volvendo minhas atitudes anteriores. Aceita, senhor, esta minha vinda, e dá-me o perdão, o mesmo perdão que a tantos e tantos eu neguei. Acolherei a tua decisão, senhor, seja ela qual for, e se não for aquela que espero eu entenderei. Não tenho colhido a Flor do Perdão, porque não a plantei…

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